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  • anibaljacinto

Visitar Lisboa | Parque Natural Sintra - Cascais

A Serra de Sintra é um pequeno maciço - o promontório da Lua dos romanos - situado de frente para o Atlântico, e que sobe até aos 528 m na Cruz Alta.

Em Sintra respira-se um ar de floresta densa a contrastar com a maresia da faixa litoral. O exotismo vegetal atinge maior expressão nos parques da Pena e de Monserrate, muitas vezes envoltos pelo nevoeiro, que dão um certo misticismo à paisagem.

Palácio da Pena

No ponto mais ocidental do continente europeu, que os antigos acreditavam ser o local “onde a terra acaba e o mar começa”, o Cabo da Roca é um dos locais mais espetaculares do Parque Natural de Sintra-Cascais. As suas arribas verticais elevam-se a cerca de cem metros acima do oceano, proporcionando paisagens grandiosas. Deste ponto podemos avistar (e descer) à Praia da Ursa.

De visita obrigatória são também outras formações rochosas, como as dunas fósseis no Magoito, os campos de lapiás junto ao Cabo Raso (Cascais) e a arriba “viva” das Azenhas do Mar, sobre a qual o engenho humano construiu uma aldeia pitoresca.

Os dinossauros também deixaram a sua marca, na camada de calcário quase vertical da arriba sul da Praia Grande onde se encontra uma importante jazida de 11 trilhos e de pegadas isoladas.

A Praia Grande é uma das muitas que se sucedem na orla marítima do Parque como a Adraga, a Samarra, a Praia das Maçãs ou o Guincho, integrado num característico sistema de dunas. Aqui encontra boas condições para a prática de windsurf, surf e bodyboard ou simplesmente para uns momentos de lazer à beira-mar.

No interior, a Norte da Serra, subsiste uma zona rural com pequenas aldeias em que a paisagem é marcada pelos muros de pedra-seca, que delimitam os campos agrícolas protegendo-os dos ventos marítimos, e onde ainda se produz o vinho de Colares.

Mas é a Serra de Sintra coberta de vegetação luxuriante que domina a paisagem e dá origem ao microclima que torna este Parque um lugar tão especial. Os aromas frescos e variados que aqui se respiram fazem de um passeio a pé pela Serra uma experiência inesquecível. Aventure-se por sua conta mas com pouco risco, ou seja, siga os percursos propostos pelo Parque visitando locais como o Palácio de Monserrate ou Convento dos Capuchos, um modesto abrigo de frades do séc. XVI, ou a Ermida da Peninha, erigida num ponto alto perto da costa de onde se avista um panorama vastíssimo.

Na Vila de Sintra (ou Monte da Lua) temos o Palácio da Vila com as suas duas chaminés cónicas, tão caraterísticas, que servirão de bússola para voltar a este ponto de encontro.

Depois de um passeio pelas ruelas estreitas e pelas lojas de produtos regionais, vamos ao Palácio e Quinta da Regaleira. É um palácio do séc. XIX, embora pareça ser mais antigo, com uma decoração que impressiona, rica em simbologia maçónica. Muito perto da entrada da Regaleira, fica Seteais, um palácio do séc. XVIII atualmente transformado em hotel.

De seguida vamos...subir! A encosta é ingreme mas vale o esforço. A cada curva existe um novo tesouro. Em cada arvore um misticismo único.

Quinta Regaleira

É imperativo passar pelo Castelo dos Mouros. Antes de entrar no refúgio botânico do Parque da Pena, local onde fica um dos palácios mais românticos de Portugal, o da Pena, uma reconstituição fantasiosa e revivalista, ao gosto do romantismo oitocentista. Por fim subir ao ponto mais alto da Serra, a Cruz Alta e passar pelo Chalet da Condessa D’Edla.


Sintra, eleita como local de veraneio por reis, nobres e burgueses endinheirados, conserva um notável património arquitetónico que, pela forma como se harmoniza com a natureza, levou a UNESCO a classificá-la como património da Humanidade na categoria de paisagem cultural.

 

Vamos dividir a nossa visita ao Parque Natural de Sintra - Cascais em 3 fases:

  • Vila e Serra de Sintra;

  • Praias de Sintra;

  • Vila e Praias de Cascais.

Cada uma pode ser feita num dia ou mais, as 3 num roteiro de fim de semana ou de 2/3 dias, ou em várias escapadinhas.

 

Vila e Serra de Sintra

  • Palácio Nacional de Sintra ou da Vila

O coração da vila de Sintra, a silhueta inconfundível das duas chaminés cónicas que coroam a cozinha real, marca a paisagem e serve de marco para o regresso ao centro da vila.

O Paço de Sintra atual é formado por muitos paços reais. É um conjunto de edifícios que foram construídos, acrescentados e adaptados ao longo de séculos, sendo a data da fundação do paço mais antigo um enigma por resolver ainda hoje. Muito provavelmente, o primeiro edifício foi construído por volta do século X ou XI, quando Sintra era território islâmico. No final da Idade Média, o Paço de Sintra era o centro de um território gerido pelas Rainhas de Portugal, mas foi também um dos espaços preferidos dos monarcas portugueses. A abundância de caça na região, a frescura do clima durante os meses de verão ou a necessidade de refúgio em períodos de peste na capital fizeram do Paço de Sintra um destino frequente. Guardião de memórias e testemunha de acontecimentos empolgantes da história de Portugal, o Paço de Sintra oferece a quem o visita a oportunidade de fazer uma viagem no tempo e ir ao encontro de outras vidas tão diferentes das nossas.

Palácio de Sintra
  • Quinta da Regaleira

Localizada paredes meias com o centro histórico da vila e a meio caminho para o Palácio de Seteais.

O proprietário, António Augusto, pelo traço do arquiteto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitetura românica, gótica, renascentista e manuelina.

Esta mistura de estilos e simbologia dão à Quinta da Regaleira um ar misterioso e enigmático e fazem deste espaço um local único no mundo.

Um dos lugares mais fantásticos para visitar dentro da quinta é o Poço Iniciático. O nome vem do fato de se acreditar que era usado em rituais de iniciação à maçonaria. É uma galeria subterrânea com uma escadaria invertida e em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço.

A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do Inferno, do Paraíso, ou do Purgatório.

A simbologia do local está também relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde esta voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspetos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.

Poço Iniático
Quinta da Regaleira
  • Palácio de Seteais

É hoje um hotel de luxo, do grupo Tivoli, mas a sua história é antiga.

Construído no século XVIII pelo Cônsul da Holanda em Portugal Daniel Gildemeester, em um terreno cedido pelo Marquês de Pombal.

De arquitetura neoclássica, o Palácio de Seteais recebeu o seu traçado atual após as obras de ampliação realizadas pelo 5º Marquês de Marialva, nos primeiros anos do século XIX. A este aristocrata, deve-se a construção em 1802, do imponente arco triunfal em homenagem à visita do então Príncipe Regente D. João VI e de D. Carlota Joaquina.


De acordo com estudiosos, o nome Seteais deve-se às funções agrícolas da região. Antigamente o local onde hoje está o Palácio chamava-se Centeais, devido ao cultivo de centeio. Outros afirmam que o nome deve-se ao eco produzido na serra, pois se passarmos pela estrada e gritarmos um “ai”, ele será reproduzido 7 vezes na serra.
Outra das lendas conta que um dos primeiros cavaleiros cristãos a subir a serra de Sintra foi D. Mendo de Paiva e que, ao chegar, encontrou uma porta secreta por onde fugiam vários mouros. Entre os mouros estava uma jovem muito bonita, acompanhada da sua aia. Quando viu o cavaleiro, a jovem, por se sentir descoberta, suspirou e soltou um “ Ai” assustado. A aia, aflita, pediu-lhe que não suspirasse mais. D. Mendo decidiu tornar a jovem sua prisioneira e ela suspirou o segundo “Ai” O novo suspiro da bela moura fez com que a aia confessasse ao cavaleiro que a jovem tinha sido amaldiçoada e que morreria no dia em que desse sete ais. A revelação deste segredo fez com que a moura suspirasse de novo. Era o Terceiro “Ai” O cavaleiro não acreditou na história, o que provocou o quarto suspiro. Quando o cavaleiro anunciou que fazia ambas suas prisioneiras a bela moura soltou o quinto suspiro. A pobre aia ficou desesperada porque a sua ama já tinha suspirado cinco vezes. O cavaleiro voltou a dizer que não acreditava em tais maldições e que iria procurar um local sossegado para onde as levaria. Depois do cavaleiro se afastar surgiu um grupo de mouros que tinha ouvido a conversa e que se preparou para roubar as duas mulheres. Com um golpe de adaga cortaram a cabeça da aia, o que provocou o sexto suspiro da jovem. E o sétimo “ Ai” foi a última coisa dita pela jovem antes de ser decapitada. Quando D. Mendo voltou, a moura estava morta. Inconsolável, o cavaleiro deu àquele recanto de Sintra, o nome de Seteais, em honra da bela moura.

  • Castelo dos Mouros

Com vista privilegiada sobre a Costa Atlântica e a Serra de Sintra, o milenar Castelo dos Mouros, de fundação muçulmana, ocupou uma posição estratégica fundamental na defesa do território local e dos acessos marítimos à cidade de Lisboa. Os artefactos ali encontrados indicam que, entre as muralhas e ao seu redor, ali viveu uma povoação, num espaço agora denominado Bairro Islâmico.

As suas famosas muralhas serpenteiam a serra com os seus blocos graníticos por entre penedos e penhascos. Por vezes dá a sensação de que guarda o mais belo e exótico Palácio da Pena.

Castelo dos Mouros
  • Parque da Pena

A coroa de Sintra. Lá no alto da serra, com todo o seu esplendor o Parque e Palácio da Pena são o remate perfeito à magnificência da Serra de Sintra.

O Palácio da Pena marca a paisagem de quem chega a Sintra, lá no alto, as suas cores fazem-nos imaginar que vamos entrar no cenário de um filme da Disney.

Muitas vezes, quando a Serra se esconde no nevoeiro, o Palácio surge lá em cima como se por cima de uma nuvem. Acentua-se o seu ar misterioso e a curiosidade aumenta.

Visto a cores é perfeito para uma história romântica mas se visto a preto e branco podia muito bem ser palco para um filme de terror.

Estas infinitas possibilidades, que deixam a nossa imaginação soltar asas, fazem deste palácio um sitio tão fantástico e único.

Os arcos, as figuras, as torres, os bicos, as escadas, os pátios, o vermelho, o amarelo. Uma amalgama de estilos e símbolos mas que atingem um resultado final deslumbrante e mágico.

Palácio da Pena

Em seguida, subimos um pouco mais e chegamos à Cruz Alta. É o ponto mais alto da Serra de Sintra, a 528 metros de altitude, de onde é possível avistar as mais belas vistas sobre Lisboa e Cascais, a sul, o Oceano Atlântico, a oeste, e a região saloia, a norte.

Neste local foi colocada, por ordem de D. João III, uma cruz (ca. 1522) que foi mais tarde destruída por um temporal. Em substituição da cruz original, D. Fernando II manda instalar, nesse mesmo local, uma nova cruz que foi, por sua vez, destruída por um relâmpago em 1997.

Em 2008 foi construída uma nova réplica da cruz num único bloco de calcário. Esta nova cruz, com 3,5 metros de altura, 1,5 metros de largura e um peso aproximado de 1.700 quilos, imita troncos entrelaçados e é vazada em vários pontos, o que tornou a execução da réplica, e o seu transporte para o local, particularmente difíceis.

Agora vamos descer, embrenhamo-nos no parque, na sua vegetação, nos percursos e passeios lindíssimos.

Palácio da Pena - Vista da Cruz Alta

São pontes e grutas, bancos de jardim, pérgulas e fontes. Lagos e jardins. Pequenas casas onde se alojavam guardas e demais criadagem. Estufas e viveiros. Esculturas, como o guerreiro que se avista do Palácio, como a querer dizer que está ali para o proteger e guardar.

Todo o Parque da Pena é hoje considerado o parque da Europa detentor do mais rico e invulgar conjunto de espécies arbóreas.

No final fazemos uma visita ao encantador Chalet da Condessa d'Edla. Mandado construir por D. Fernando II e desenhado por Elise Friederike Hensler (mais tarde Condessa d'Edla), uma cantora de ópera que conquistou o coração ao rei, depois de este perder a sua primeira mulher, a rainha D. Maria II.

Chalet da Condessa d'Elba

Estrategicamente situado a poente do Palácio da Pena, o edifício é inspirado nos chalets alpinos, num estilo então muito em voga na Europa. O chalet apresenta uma envolvente cenográfica, que reflete as facetas artísticas do casal. De um gosto singular, a sua fachada e os seus interiores são inigualáveis. No exterior, o jardim que envolve o chalet oferece uma paisagem exótica em que se destacam a Feteira da Condessa, o Jardim da Joina, o Caramanchão e o labirinto de Pedras do Chalet.

Parque da Pena
  • Palácio de Monserrate

Em 1846, Francis Cook, um comerciante inglês e colecionador de arte, torna-se o proprietário da Quinta de Monserrate e o 1º Visconde de Monserrate. Ali manda edificar um palácio que combina influências góticas, indianas e sugestões mouriscas. Os motivos exóticos e vegetalistas da decoração interior prolongam-se harmoniosamente no exterior, que também foi reformulado e transformado num dos mais belos jardins botânicos portugueses.

  • Convento dos Capuchos

Implantado na serra de Sintra entre densos arvoredos e elementos rochosos, o Convento de Santa Cruz dos Capuchos, Convento da Cortiça ou Convento dos Capuchos, como é mais conhecido, materializa a filosofia e os ideais da Ordem de S. Francisco de Assis: a procura do aperfeiçoamento espiritual através do afastamento do mundo e da renúncia aos prazeres associados à vida terrena.

Para além da água das nascentes, as árvores autóctones davam frutos secos para o inverno como a bolota e da castanha e de arbustos que davam frutos agradáveis no verão como é o caso das amoras silvestres e do medronheiro. Havia terra fértil para cultivar hortaliças e legumes e na encostas inúmeras plantas medicinais.

Como primavam pela humildade e pobreza desprendidos de tudo, não pretendiam a posse de nada e inspiravam grande simpatia e admiração. O povo designava-os carinhosamente por Capuchinos. O nome veio do traje que usavam que se chamava Capucha. Era um hábito muito simples de estremenha escura, composto por uma túnica talar com capuz, cingindo por uma corda de lã branca.


  • Quinta da Felicidade ou "Palácio da Disney"

Este é um local "secreto" na serra de Sintra. Propriedade do fundador da Solbi (empresa que em tempos foi líder da vendas de pc's em Portugal e que faliu em 2008), mandou construir (de forma ilegal) uma grande mansão, com luxos como piscina em mármore interior aquecida (existem mais 3 no exterior), um grande cadeirão da China, estatuas Italianas, um pássaro Brasileiro, chão aquecido ou as maiores colunas de mármore em Portugal. A casa possuía por exemplo, um bunker.

Mas se a casa principal é fantástica, a principal atração é o "anexo", uma recriação do Palácio da Disney com pormenores deliciosos como as torres, as janelas e portas, as cores ou os materiais usados. Um fabuloso monumento que se encontra ao abandono e que tem sido alvo de vários atos de vandalismo.


  • Santuário da Peninha

O Santuário da Peninha, local também conhecido pela Capela de Nossa Senhora da Penha, fica situado no extremo Oeste da Serra de Sintra, a 488 metros de altitude, e contempla uma vista que vai desde a cidade de Lisboa, passando pelo Guincho, Cabo da Roca, Cabo Espichel, até à Ericeira, quando os dias estão completamente limpos consegue-se mesmo avistar as Berlengas.


A Capela de Nossa Senhora da Penha foi erguida por devoção popular, segundo a lenda com raízes do século XVI, na sequência da aparição de Nossa Senhora a uma pastorazinha muda e muito pobre. A partir de então o local foi venerado pelas populações das redondezas. A sua aparência atual parece ficar a dever-se ao ermitão S. Saturnino, Pedro da Conceição, que entre 1673 e 1711 que, com boa vontade da população e o apoio do monarca D. Pedro II, reconstruiu o templo.
Lenda da Pastorinha: “Em tempos de fome no reinado de D. João III, Nossa Senhora apareceu a uma pastorinha de Almoinhas Velhas, muda e muito pobre, que a partir desse momento começou a falar e anunciou a sua mãe, incrédula, a existência de pão na arca da família. A imagem de N.ª Sr.ª que o povo encontrou no local da aparição foi por três vezes colocada na Ermida de S. Saturnino, e outras tantas vezes a foram reencontrar no alto do penhasco de difícil acesso.”

Santuário da Peninha

Lagoa Azul

Não, não vamos falar do filme de 1980 com Brooke Shields e Christopher Atkins. Mas sim sobre um lago à saida da Serra de Sintra.

Descemos da Peninha e uns quilómetros depois virámos a esquerda, encontramos um parque de estacionamento e logo a seguir a Lagoa. Um recanto escondido (mas já muito conhecido) onde patos, cágados, tartarugas e outros animais vivem em harmonia.

Local muito procurado para piqueniques e para ponto de partida para trilhos.

Ficou conhecido pelos piores motivos em 1986:
"Além de potentes, os Grupo B eram difíceis de conduzir. Agora adicionem a esta equação um público pouco esclarecido quanto aos perigos que corriam… era uma questão de tempo até uma tragédia acontecer.
O medo que alguma tragédia viesse a acontecer concretizou-se em Portugal a 5 de março de 1986, num dos episódios mais negros da história do Mundial de Ralis: a tragédia da Lagoa Azul.
Na zona de Sintra, quase meio milhão de pessoas juntou-se para ver passar o Rally de Portugal. As bermas da Serra de Sintra, Lagoa Azul, transformavam-se em bancadas improvisadas para ver, ouvir e sentir a emoção dos carros de ralis. Bancadas que infelizmente não chegavam para todos. Era praticamente impossível para as entidades organizadoras e para a polícia controlar uma massa humana daquela dimensão.
Foi logo na 1.ª especial de classificação que Joaquim Santos, ao evitar alguns espetadores, perdeu o controlo do seu Ford RS200 e abalroou a multidão que estava naquela zona. Uma mulher e o seu filho de apenas nove anos tiveram morte imediata. Mais de 30 pessoas ficaram feridas."
Foi o fim dos famosos Grupo B e de viaturas de corrida como o Renault 5 Turbo, o Lancia Delta S4 ou o Peugeot 205 T16.
Lagoa Azul
Lagoa Azul

Praias de Sintra

  • Praia de São Julião

Esta praia a dez minutos da Ericeira é um curioso caso de duas jurisdições. O Rio Falcão divide-a em dois concelhos: metade do areal pertence à câmara de Mafra, a outra metade à de Sintra. O destino é ótimo para caminhar no extenso areal, com estacionamento gratuito e bons bares de apoio. Algum frio e vento são constantes, o que aliado a boas ondulações faz desta praia um local muito procurado por praticantes de surf e bodyboard e outros desportos aquáticos.

  • Praia do Magoito

Água fria e vento são elementos habituais nas praias de Sintra. No Magoito existe uma característica muito apreciada, o terreno fértil em iodo que permite melhores e mais duradouros bronzeados. Excelentes acesso, parque de estacionamento, bares de apoio, um extenso areal e um mar azul turquesa fazem desta uma das mais procuradas praias de Sintra.

Praia do Magoito
  • Praia das Azenhas do Mar

Verdadeiro postal ilustrado, as Azenhas do Mar surpreende pela sua localização geográfica, com as casas a descerem em cascata pelo declive da arriba até ao mar, banhadas de uma luz fantasiadora e cândida.

É uma das praias mais apreciadas pelos banhistas, possuidora de uma piscina oceânica que faz as delicias dos visitantes. O areal não ultrapassa os 30 metros, porém nas marés altas pode desaparecer por completo.

Pequena de tamanho mas grande em entusiasmo, a antiga aldeia de pescadores, tornou-se nas últimas décadas um local de veraneio tranquilo e local de inspiração de muitos pintores. Alguns já a apelidaram de "mini-Santorini".

Praia das Azenhas do Mar
  • Praia das Maças

Praia de areias douradas e foz do rio que lhe dá o nome, conta-se que no Outono o rio transportava até ao areal muitas maçãs provenientes das quintas que atravessava, dando o nome à praia. Possui um extenso areal, proporcionando a prática de desportos de praia, pelo que é muito frequentada por adeptos de desportos aquáticos, como bodyboard e surf. À volta do areal, com cerca de 250 metros, instalaram-se várias casas de comércio, desde restaurantes a cafés e bares, bem como casas de artesanato local, pelo que o local se tornou num ponto de encontro dos sintrenses, que aproveitam as suas esplanadas e a excelente comida, no Verão ou Inverno. Junto à praia, há uma piscina de água salgada, um parque infantil e um espaço para piqueniques. Nos extremos da praia, quer do lado esquerdo, quer do lado direito, existem lajes/rochas onde se pode pescar com alguma estabilidade. Para além da praia, um dos atrativos desta zona é o famoso passeio de elétrico. O percurso inicia-se na zona da Estefânia, junto ao Museu de Arte Moderna de Sintra, passa por Colares e termina à beira-mar, na Praia das Maçãs.

  • Praia Grande

Tal como o nome deixa adivinhar, a Praia Grande é a maior praia do litoral sintrense, numa extensão de areias brancas que fazem as delícias dos veraneantes. As areias douradas, a pureza das águas atlânticas e o recorte da costa, com arribas escarpadas, fazem desta praia de Sintra um verdadeiro recanto de prazer, em qualquer época do ano.

É hoje um dos locais preferidos em todo o mundo para a prática do surf e do bodyboard. A escarpa sul da arriba da praia caracteriza-se por grandes blocos xistosos, perpendiculares à linha de mar. No topo é possível identificar várias pegadas de dinossáurio, datadas de há 170 milhões de anos.

  • Praia da Adraga

Conhecida pelas suas águas puras e o vasto areal de fácil acesso, a Praia da Adraga prima pela beleza paisagística em que está enquadrada. mesmo fora da época balnear é um prazer passear pelas areias da Adraga.

Praia da Adraga

Espalhadas pelo areal, existem diversas rochas escuras que lhe confere uma personalidade própria, combinando a paisagem de montanha, com a paisagem de praia.

Na escarpa Sul da praia e após um trilho de menos de 2 km, podemos admirar a Pedra de Alvidrar, uma enorme rocha que desce, quase na vertical, até ao mar e que, segundo a tradição local, era sítio iniciático para os jovens mancebos provarem a sua valentia descendo-a e subindo-a com risco da própria vida.

Do topo avistamos também a bonita Praia do Cavalo.

Praia do Cavalo

No mesmo local, a cerca de cinquenta metros da arriba, é imprescindível dar uma olhadela ao Fojo dos Morcegos, poço natural muito profundo que, na sua base, tem comunicação com o mar. A gruta do Fojo resultou da ação corrosiva da água das chuvas, através das fraturas existentes nas rochas calcárias, conjugada com a ação erosiva das ondas, que originaram um labirinto de grutas, cavernas e enormes fendas. Consta que os Romanos acreditavam existir um Tritão a tocar búzio no fundo do buraco do Fojo, com cerca de 90 metros.

Fojo dos Morcegos
  • Praia da Ursa

Praia da Ursa

A Praia da Ursa é um dos mais belos tesouros naturais do concelho de Sintra, localizada muito próxima do Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa.

É uma praia não vigiada e sem equipamentos de apoio. A areia fina, as águas do Oceano Atlântico e a envolvente rochosa recebem o visitante numa celebração natural de invulgar beleza.

Praia da Ursa

O difícil acesso poderá ser um obstáculo a transpor pelo visitante, no entanto é graças a ele que se mantém preservado ainda algum do carácter selvagem, já difícil de encontrar numa praia nos dias de hoje. A descida do estacionamento até à praia demora cerca de 1 hora a pé pelas arribas, mas no final certamente agradecerá ter descido até esta praia. O seu nome deriva da Rocha da Ursa, uma enorme rocha em forma de ursa com um filhote ao colo, quando vista de Norte, em contraste com o azul do mar.

Reza a lenda que há muitos milhares de anos atrás, quando a terra se encontrava toda coberta de gelo, aqui vivia uma ursa com os seus filhotes.

Praia da Ursa

Quando o degelo começou, os deuses ordenaram a todos os animais que abandonassem a beira-mar. Mas a ursa não foi na conversa e respondeu aos deuses que não arredava pé, pois ali tinha nascido e ali queria ficar

Os deuses, enfurecidos com tamanha afronta, transformaram a ursa em pedra e os seus filhotes em pequenas rochas dispersas à volta da mãe, que ali para sempre ficaram dando assim o nome à praia – Praia da Ursa.

Cabo da Roca
Praia da Ursa

Vila e Praias de Cascais


Se Sintra podia ser o retiro de campo da realeza, Cascais seria o refugio junto ao mar.

E o oceano tem sido o fiel companheiro desta bonita vila a menos de 30 minutos de Lisboa.

Antes de ganhar estatuto de vila, Cascais era uma pacata aldeia de pescadores e lavradores até meados do século XIV. A sua posição estratégica em relação à defesa de Lisboa, fez com que fossem edificadas ali importantes fortificações ao longo dos anos, como o Forte de Santo António da Barra e o Forte de Santa Marta.

Finalmente no século XIX, não resistindo à sua beleza natural, o Rei D. Carlos e a família real instalam-se na Cidadela de Cascais. Foi também nessa época que surgiu a ligação de comboio entre Lisboa e Cascais, que veio então impulsionar o desenvolvimento da região.

Já estabelecida como estância balneária principal perto de Lisboa, Cascais tornou-se refúgio de muitas personalidades durante a Segunda Guerra Mundial. Como é o caso do escritor de “O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint Exupéry e o Rei Humberto II de Itália. Além disso, era também um centro de espionagem que serviu de inspiração ao escritor e agente secreto britânico Ian Fleming, autor das histórias de James Bond.

Até aos dias de hoje, Cascais continua a atrair quer estrangeiros, quer cidadãos nacionais. que procuram um lugar sereno, junto ao mar e com fáceis acessos à grande metrópole - Lisboa.

Praia do Abano

Começamos o nosso roteiro de Cascais pelo Guincho, mais propriamente pela Praia do Abano. Quem vem de Norte, é a primeira praia de Cascais, mas o acesso é feito pelo Guincho, numa estrada de terra batida. É uma pequena praia escondida pelas falésias onde o areal se mistura com pedras vindas do mar. Dispõe de um bar e o acesso à praia é feito por uma escadaria situado junto ao mesmo. Não é uma zona baleal mas os o seu ar misterioso faz a delicia dos visitantes.

Logo ao lado temos o Guincho, vencedor em 2012, na categoria de Praia de Uso Desportivo, o concurso "Sete Maravilhas, Praias de Portugal".

Foi cenário para vários filmes, incluindo de 007 - "James Bond - Ao serviço de Sua Majestade".

As ondas e o vento são perfeitos para os amantes do surf, bodyboard e kitesurf. Os cerca de 800 metros de areal convidam a estender a toalha e relaxar, enquanto se contempla o intenso azul do mar. Para lá chegar não é preciso carro: pode ir de bicicleta, através da ciclovia que faz a ligação a Cascais ou mesmo a pé pelo enorme passadiço das Dunas da Cresmina.

O antigo forte foi transformado em Hotel e ao lado a Estalagem Muchaxo dispõe de uma das mais idílicas piscinas da costa portuguesa.


Praia do Guincho

Seguimos para o Cabo Raso, com o seu altivo farol, forte e os viveiros escondidos nas rochas oceânicas. É um cenário algo severo mas extremamente sereno (ter algum cuidado com a ondulação) que permite apreciar a força do mar que explode com todo o vigor contra a costa.

Cabo Raso
Cabo Raso

A Boca do Inferno é um dos miradouros mais emblemáticos de Cascais. O nome atribuído a este local deve-se à sua morfologia e ao impacto das vagas altas que aí se fazem sentir no Inverno. A Boca do Inferno terá sido uma antiga gruta ligada ao mar por um arco, através do qual as ondas forçam a passagem. Com características únicas, é local de lazer, onde se pode desfrutar de uma paisagem divina e magníficos pôr-do-sol.

Junto a este miradouro o visitante encontra um restaurante, uma cafetaria e algumas lojas de venda de produtos regionais.

Boca do Inferno
Boca do Inferno

O Farol de Santa Marta e o Palácio do Conde de Castro Guimarães dão as boas vindas aos visitantes.

Palácio Condes Castro Guimarães

O Palácio do Conde de Castro Guimarães, como ficou conhecido, tem uma arquitetura fortemente cenográfica e pictórica, que encontra, na perfeita integração com o meio envolvente e com os equipamentos já aí existentes, como a ponte rústica, um dos seus maiores trunfos. Por outro lado, e no contexto do século XIX, este palacete de veraneio constitui um exemplo de ecletismo, ao mesmo tempo unificador de várias linguagens arquitetónicas, que lhe conferem um enorme sentido de monumentalidade.

A sua mistura de estilos e épocas dá-lhe um ar único e original, as janelas medievais, as cúpulas de igrejas orientais, o estilo gótico das grandes catedrais, as torres das fortificações barbaras, os arcos manuelinos, os pormenores manuelinos e a reminiscências mouriscas.

A sua praia privada dá passagem para o seu guarda noturno. O Farol de Santa Marta!

É um cenário fantástico, o Farol no topo do forte, com os seus azulejos listas azuis, guarda a entrada da vila.

Farol de Santa Marta

Na vila anda-se a pé, da Marina à Praia da Baía é um saltinho. Pode-se seguir o paredão, junto à linha do comboio até à fantástica piscina atlântica Alberto Romano, em frente ao agora com forma de "transformer" Estoril Sol.

 

Outros roteiros:


 
Nota: De referir que este roteiro (como os outros) pretendem ser apenas guidelines e não para serem obrigatoriamente cumpridos à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. Estamos, claro, disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!



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