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Visitar Castelo Branco

anibaljacinto

Atualizado: 9 de nov. de 2021

Localizada na antiga região da Beira Baixa, atual região das Beiras. É o quarto maior distrito de Portugal (em área) e faz fronteira a leste com Espanha.

Subdivide-se em onze concelhos, Castelo Branco (Capital), Idanha-a-Nova, Penamacor, Vila Velha de Ródão, Belmonte, Covilhã, Fundão, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.

A origem do nome não é certa, embora a hipótese mais aceite se refira à antiga cidade de Cataleucos.

Fundada no seculo XIII pelos templários, era uma pequena povoação no interior de uma fortaleza defensiva. O centro histórico da cidade resguarda ainda memórias destes tempos medievais gravadas nas pedras das muralhas.

Com o crescimento económico, no seculo XVIII, viu aumentar a sua população e o espaço urbano da cidade. Ainda hoje as ruelas exibem, orgulhosas, casas quinhentistas decoradas em portas e janelas, símbolos da riqueza dos mercadores que aí habitaram. Nos anos seguintes, Castelo Branco recebeu da Coroa o título de vila notável.

Os naturais destas região são Albicastrenses. De Albicastrum, palavra latinizada com base em album, branco e castro, castelo.

 

Como chegar?

A principal via de acesso é a A23. O distrito fica no meio de Portugal e encostado a Espanha. De Lisboa são 230 km. Do Porto 365 km. De Caceres - Espanha 150 km. E de Salamanca 250 km.

 

PASSADIÇOS DO ORVALHO - CASTELO BRANCO - PRAIA FLUVIAL DA FROIA - PRAIA FLUVIAL FOZ DO COBRÃO - PORTAS DE ALMOURÃO - PORTAS DE RODÃO

 

PASSADIÇOS DO ORVALHO E CASCATA DE ÁGUA D'ALTA

Passadiços do Orvalho

Começámos o nosso roteiro pelo concelho de Oleiros, freguesia do Orvalho. Aqui vamos encontrar os Passadiços do Orvalho.


A primeira decisão a tomar é como fazer e onde começar?

Temos a versão longa (GeoRota do Orvalho – PR3 Oleiros, com 9 km lineares, logo 18 km ida e volta) e a versão curta (Cascata da Fraga de Àgua d'alta e Cabeço do Mosqueiro, num total de 3 km em passadiços).


Desta vez e como temos outros locais para visitar optamos pela versão curta do trilho.

O acesso à cascata é feito por passadiço em menos de 1 km (2 km ida e volta), sendo que o regresso é mais exigente, logo é melhor refrescar-se na cascata antes de enfrentar a imponente subida.

A estes acrescentamos o Miradouro do Cabeço do Mosqueiro, onde se pode apreciar as soberbas vistas panorâmicas 360°.

Estacione a viatura no topo do Cabeço do Mosqueiro e desça os ingremes passadiços que serpenteiam por este impressionante geomonumento a 660 metros de altitude. Não se esqueça é que o percurso é linear, logo, o regresso é complicado com mais 200 metros de desnível da subida.


Caso vá com tempo, coragem e tenha condição física, não deixe de percorrer toda a GeoRota do Orvalho – PR3 Oleiros.

São aproximadamente 9 km lineares, 18 km ida e volta. Com um desnível acumulado de cerca de 1000 metros.

Cascata da Fraga de Água D'Alta

CASTELO BRANCO


De seguida vamos à capital da Beira Baixa. Em direção ao Castelo onde temos uma fantástica panorâmica da cidade.

Também conhecido localmente como Castelo dos Templários, era um castelo ibérico estratégico e integrava, na Idade Média, a chamada Linha da Raia ou Linha do Tejo. Severamente danificado ao longo dos séculos, o castelo dos Templários permanece como o mais importante registro histórico-militar da cidade.

Castelo de Castelo Branco

Numa rápida visita pelas ruas do centro histórico da cidade, onde se pode apreciar as muitas portas quinhentistas de antigos solares e palacetes, descemos até ao Jardim do Paço Episcopal.

Este jardim é um dos mais originais exemplares do barroco em Portugal. Foi o Bispo da Guarda, D. João de Mendonça (1711-1736) que encomendou e provavelmente orientou as obras do Jardim. Este formoso jardim barroco, em forma retangular, é dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Dispõe de cinco lagos, com bordos trabalhados, nos quais estão montados jogos de água. Em termos formais o Jardim divide-se em quatro sítios diferentes, mas ligados por diversos pontos de articulação: a entrada, o patamar do buxo, o Jardim Alagado e o Plano Superior. O desenho da entrada obedeceu ao espírito do lugar, quer no que diz respeito aos Canteiros quer à Escadaria monumental que conduz ao Plano Superior O patamar do Buxo tem planta retangular, constitui o patamar principal do jardim e divide-se em 24 talhões limitados por sebes de buxo. É aqui que se encontram, numa alusão às 5 chagas de Cristo, cinco lagos com repuxos. É aqui também que se encontra a Escadaria dos Reis, repuxos e jogos de água surpreendentes. Por entre canteiros de buxo de fino recorte, erguem-se simbólicas estátuas de granito, em que se destacam os Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça. Dispostos à maneira de escadório, acham-se representados os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I. O Jardim alagado contíguo ao anterior parece emergir de um lago. É pela escadaria do lado poente que se chega ao patamar superior do Jardim onde se encontram estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água como elemento purificador.


PRAIA FLUVIAL DA FROIA


O tempo está (muito) quente, por isso um rápido mergulho seguido de uma refeição tardia vem mesmo a calhar. Vamos até Proença-a-Nova, à Praia Fluvial da Froia.

Encaixada num vale, na nascente da ribeira que lhe dá o nome, a praia fluvial está inserida de forma exemplar na paisagem natural. Moinhos recuperados, duas pequenas cascatas e extensos solários, com zona fluvial para os mais pequenos, contribuem para valorizar um espaço que além de condições naturais oferece uma zona de restauração com esplanada aberta todo o ano.


PRAIA FLUVIAL FOZ DO COBRÃO


Por falar em beleza e cenários fantásticos, damos um salto à Foz do Cobrão e à Praia Fluvial do Penedo dos Cagados.

A ribeira forma um pequeno lago antes de se escapar numa bonita cascata. No meio do espelhado lago surge um enorme penedo que é a imagem de marca deste local.

Uma praia fluvial única, com o seu ar rustico e perfeitamente integrada na natureza.


PORTAS DO ALMOURÃO


Outro lugar de visita obrigatória é as Portas do Almourão. Trata-se de uma ocorrência geológica que resulta da ação do rio Ocreza, cujas águas rasgaram as imponentes escarpas quartzíticas. É um local de uma beleza de cortar a respiração.

Podemos ver um longo do vale escarpado em que a Serra das Talhadas comprime o Ocreza.

Este vale está a ser formado pelo rio há dois milhões de anos. A Serra colocou fragas muito altas a travar o curso de água. No entanto, fruto da erosão, o rio abriu uma passagem que foi ficando mais larga e mais profunda.

Podem-se ver as Portas a partir de um miradouro que foi construído numa encosta da serra. Fica de frente para o rio embora a uma distância considerável.

Quem queira molhar os pés ou ver mais próximo há um trilho devidamente sinalizado que leva os visitantes até às profundezas do vale. No percurso pode ter a sorte de ver grifos e abutres.

Entre as rochas, próximo das margens também poderá encontrar fósseis com milhões de anos.


PORTAS DE RODÃO


O Monumento Natural das Portas de Ródão é um dos sete monumentos naturais classificados pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.

Referência incontornável e deslumbrante na paisagem de Vila Velha de Ródão, as Portas de Ródão são uma ocorrência geológica natural, localizada nas duas margens do Tejo, nos concelhos de Vila Velha de Ródão e Nisa. Trata-se de uma imponente garganta escavada pelo rio Tejo na crista quartzítica da serra do Perdigão, que criou um estrangulamento no curso da água com 45 metros de largura.

O local serve de habitat para a maior colónia de grifos do país e é um lugar privilegiado para a investigação de fauna e avifauna. Aí podem ser observadas 116 espécies de aves, muitas delas consideradas em vias de extinção e algumas raras, das quais se destacam a cegonha-preta, milhafre real, abutre-preto ou a águia perdigueira.

No topo do monumento (do lado de Rodão) e com vista privilegiada para o rio, encontramos o Castelo do Rei Wamba que para além de misterioso tem fama de amaldiçoado.


Segundo a lenda, na margem norte das Portas de Ródão está o Castelo do rei Visigodo da Hispânia, o Rei Wamba, que reinou entre os anos 672 e 680.  A margem sul era território dos mouros e também um rei mouro vivia num castelo nas proximidades.
A Rainha do Rei Wamba e o Rei Mouro apaixonaram-se e, aproveitando a ausência do Rei em caçadas ou batalhas, namoravam, sentados em cadeiras de pedra, cada um do seu lado do Rio Tejo.
Para ir buscar a Rainha cristã, o rei Mouro logrou escavar um túnel que passaria por baixo do Tejo, mas os seus cálculos saíram errados e o túnel saiu na escarpa sul, acima do nível da água.
Terá ainda assim o rei mouro conseguido fugir com a rainha para o seu castelo.
Descobrindo a traição, o rei Wamba disfarçou-se de mendigo e foi ao castelo mouro onde foi reconhecido pela rainha adúltera, que fingiu escondê-lo do rei mouro apenas para depois o denunciar.
Como último pedido antes da morte, o rei Wamba pediu para soprar o corno que trazia consigo. Esse era o sinal que os seus filhos e respetivos soldados esperavam para avançarem sobre o castelo mouro.
Conseguiram raptar a rainha de volta e esta foi depois julgada em tribunal familiar. A sentença decidida foi de que seria atada à mó de um moinho e atirada a rebolar pela escarpa abaixo até ao Tejo.
Mesmo antes da sentença ser executada a rainha terá amaldiçoado as gentes daquela terra nos seguintes termos:
“Nesta terra não haverá cavalos de regalo, nem padres se ordenarão, nem rameiras faltarão”.
Diz-se que por onde a mó passou com a rainha não cresceu mais mato.

Castelo do Rei Wamba
 

Neste roteiro deixamos de fora o Parque Natural da Serra da Estrela, a Estrada Nacional 2, as Aldeias Históricas e as Aldeias de Xisto que têm roteiro próprio.



 
Nota: De referir que este roteiro (como os outros) pretendem ser apenas guidelines e não para serem obrigatoriamente cumpridos à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. Estamos, claro, disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!

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