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  • anibaljacinto

Visitar Setúbal


Setúbal é uma região única em Portugal. Alia as bucólicas paisagens fluviais do estuário do Sado às praias paradisíacas, banhadas pelo Atlântico, de areias brancas e douradas, numa costa que vai de Sines à Trafaria, passando pela fabulosa península de Troia ou pela piscatória Sesimbra. Aninhada na Serra da Arrábida é hoje um destino muito procurado por turistas que pretendem fugir ao reboliço de Lisboa.

 

Como chegar? O que fazer?


A 50 km da capital, chega-se a Setúbal via A1, quer através da Ponte 25 de Abril, quer pela Ponte Vasco da Gama.

Neste post vamos deixar as praias de lado (que vão ter roteiro próprio) e fazer um roteiro para uma pequena escapadinha de 1 dia pela terra do choco frito.

 

MITRENA (BARCOS ABANDONADOS) - MOINHO DA MARÉ DA MOURISCA - FORTE DE SÃO FILIPE - CASTELO DE PALMELA

 

MITRENA (BARCOS ABANDONADOS)


Há muito que queríamos visitar os barcos abandonados na Mitrena. São dois barcos, um fazia o transporte de passageiros e tem o curioso nome de “Recordação“, o outro chama-se “Expresso“ e transportava outros veículos de uma margem até à outra.

Por um lado é com tristeza que olhamos para aqueles dois "irmãos" deixados ao abandono na margem do rio, por outro percebemos que continuam a ter a sua utilidade, agora num papel diferente mas com bastante relevo. São milhares as fotos nas redes sociais, imensos os visitantes que os usam como pano de fundo para seções fotográficas e quem sabe se um dia o seu papel não passa a oficial na forma de museu ao ar livre, por exemplo.

Com a maré cheia apenas é possível entrar a bordo do "Expresso", subimos, exploramos, descobrimos os seus recantos e encantos. Sentimos a maresia e apreciamos um horizonte marcado pelos hotéis de Troia.


MOINHO DA MARÉ DA MOURISCA

O Moinho de Maré da Mourisca, localizado na Herdade da Mourisca, é um dos quatro moinhos de maré conhecidos no Estuário do Sado.

Até à década de 50 do século XX, numa estrutura com cerca de 280 metros quadrados, funcionaram, em simultâneo, oito mós. Originalmente constituído por uma sala de moagem, uma outra de armazenamento e uma casa de apoio ao moleiro, o moinho funcionou, durante mais de 250 anos, para moagem de cereal e produção de farinha. Após anos de abandono e já em avançado estado de degradação, o Estado adquire o imóvel e inicia, em 1995, a sua recuperação.

Em 2012 é assinado um protocolo de cogestão entre o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a Câmara Municipal de Setúbal, ficando ambas as instituições responsáveis pela dinamização do moinho e da área envolvente.

Inserido em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, numa zona de sapal e salinas e rodeado de terrenos antigamente usados para o cultivo de arroz, serviu a comunidade na importante indústria de moagem de cereais. Uma lápide no interior assinala a data de 1601, que se presume remontar ao ano da construção.

Dispõe de café, um pequeno museu e loja e é um espaço onde se pode apreciar ás águas do rio e a enorme quantidade de diferentes aves como os flamingos, patos, garças ou corvos marinhos.

No cais palafítico é possível fazer passeios de barco pelo estuário do Sado.

Existe um pequeno circuito circular pedestre de cerca de 2 km que vale a pena fazer.

FORTE DE SÃO FILIPE


Foi outrora um importante bastião defensivo e de controlo da cidade. O Castelo de São Filipe, mais frequentemente designado por forte ou fortaleza, desempenhou um papel tático de reforço da linha de defesa da costa portuguesa fustigada por piratas do norte da Europa e de África.

Das muralhas do forte vislumbra-se uma das vistas panorâmicas mais arrebatadoras da cidade e da baía.

Dispõe de café com uma agradável esplanada com vista fantástica para Troia e para a Arrábida.

CASTELO DE PALMELA


A nossa escapadinha termina no Castelo de Palmela e que vista arrebatadora. Da baía de Setúbal até à Serra da Arrábida, passando pela península de Troia, é fabuloso tudo o que a nossa vista alcança.

Com ocupação islâmica entre os séculos VIII-XII, o Castelo de Palmela foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1147 e definitivamente recuperado por D. Sancho I. Sede definitiva da Ordem de Santiago, de 1443 até à sua extinção, em 1834, a fortificação é Monumento Nacional desde 1910.

A posição geográfica do castelo permite um domínio estratégico de parte do estuário sadino, de uma vertente da cordilheira da Arrábida e das planícies envolventes que a separam do Tejo. Esta situação, noutros tempos, revestia-se da maior importância pelas ligações e possibilidades de comunicação que se estabeleciam com os castelos circundantes das linhas do Tejo e do Sado.

Dentro das muralhas do Castelo encontram-se: a Pousada Histórica de Palmela, situada no antigo convento da Ordem de Santiago; a Igreja de Santiago; as ruínas da Igreja de Sta. Maria, em cuja sacristia está instalado o Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago; o Posto de Turismo; lojas de artesanato e produtos regionais e, um Café-Espanada.

O Museu Municipal apresenta diversos espaços visitáveis no Castelo: o Espaço Arqueológico, o Espaço de Transmissões Militares e a Reserva Visitável de escultura de São Tiago (esta com visita sujeita a marcação prévia).

 

Outros roteiros:


 
Nota: De referir que este roteiro (como os outros) pretendem ser apenas guidelines e não para serem obrigatoriamente cumpridos à risca. Cada visitante pode acrescentar ou retirar locais, fazer em mais ou menos dias. Numa escapadinha de um ou vários dias. Estamos, claro, disponíveis para ouvir conselhos e dicas para melhorarmos os nossos roteiros!

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